José Neistein - Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte, Diretor do Brazilian-American Cultural Institute of Washington, Professor na Universidade da Filadélfia.
Margarita Farré surge como uma artista cada vez mais exigente, polindo as bordas, cortando concessões a seduções de maneira fácil e brilhante, para avançar para formas cada vez mais integradas e desafiadoras em sua relação com o espaço. Margarita Farré tem coisas fundamentais a dizer, e as diz cada vez melhor, com maior clareza e profundidade, criando sua própria expressão plástica, deixando para trás o acessório e dando cada vez mais soluções esculturais ao seu trabalho.
Enock Sacramento - Curador e Membro das Associações Paulista, Brasileira e Internacional de Críticos de Arte
Margarita Farré nos transporta para um mundo único, cujas curvas e ângulos ganham uma dimensão nova e inesperada e nos revelam toda a sensibilidade da artista catalã. Margarita é uma intérprete sensível do universo feminino, apesar de se dedicar à abstração por algum tempo, principalmente no início de sua carreira. Ao representar o homem e a mulher como o único tema de seu trabalho, somos blindados com uma linguagem plástica que dispensa acessórios e se concentra na simplicidade. Curvas, formas e contornos humanos são retratados por Margarita Farré como se revelassem mistérios, mistérios que a alma feminina da artista molda para nos fazer ver o mundo com olhos diferentes. Seu trabalho foi analisado por vários críticos brasileiros. É o escultor, ativo em São Paulo, com o maior número de exposições individuais realizadas nos EUA, onde causou grande admiração. Margarita desenvolveu um estilo de escultura e suas obras de bronze estão presentes em inúmeras coleções no Brasil e no exterior.
Emanuel von Lauenstein Massarani - Crítico de Arte, Escritor, Diretor Geral do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Presidente do Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico de São Paulo
A figura humana constitui a temática inspiradora dominante na obra de Margarita Farré. Ela a interpreta com grande liberdade e espírito essencialmente fantástico, um gosto naturalístico e precipuamente estendido à construção evocativa e metamórfica das formas humanas no espaço, de maneira autônoma e significativa. Fantástica é a sua maneira de organizar a arquitetura de volumes, com uma predileção pela verticalidade que confere a suas composições uma improvisada ascensão e contribui ao dinamismo do conjunto. Existe em suas esculturas uma série de contrastes lineares e de massas carregadas de energia que determinam, muitas vezes, fortes tensões, as quais permeiam o conjunto de um sentido de luta e de drama.
Escultora autêntica, onde força e energia se associam a um núcleo poético interior que constitui o verdadeiro élan de seu figurativismo.